sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A CASA DA MINHA INFANCIA....

Na minha infância, havia risos, e uma casa velha, grande e cheia de sol.
Mesmo nos dias de chuva…
As tábuas do soalho, gemiam como velhas senhoras queixando-se das suas articulações, sempre que as pisávamos…,
Havia sempre musica. Alguém cantarolando baixinho, espalhando canções antigas pelas salas grandes e arejadas.
Na arca grande, eram guardados todos os mistérios e histórias que eu inventava, e que saltavam lá de dentro sempre que alguém abria a tampa para guardar ou tirar alguma coisa…
Tanta coisa ali guardada… Um mundo, que não caberia nem em mil arcas…
A casa cheirava a alfazema e a alecrim, e á fruta que enchia o cesto de vime poisado sobre a mesa corrida no centro da cozinha, aquecida pelo fogão de lenha que a minha avó acendia logo pela manhã, dando conforto e aconchego a toda a casa.
Na memoria da minha infância, há o sabor dos doces da avó, as brincadeiras com os primos, e claro, a minha boneca de cabelos loiros, companheira filha e amiga de todos os momentos…
Trago também na memoria, a inocência e a verdade, da criança que ainda guardo em mim.

1 comentário:

  1. Tus comienzos en este año 2010 siguen enviando calor y aromas delicadas de tal forma descritas en tu poema,que desde la lejanía haces que muchos de los que te leemos disfrutemos con ellas.Rita

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